[RP] Lord Albert Baratheon [RP]

Ponta Tempestade não tinha recebido esse nome atoa. Desde que havia voltado para minha família, havia mudado meu quarto para o ponto mais alto do castelo. Lá, pude presenciar as piores tempestades de Westeros, e ainda sair vivo delas. Nosso meistre havia me trazido um pouco de leite de papoula para aliviar um pouco minhas dores de cabeça. Havia chegado o grande dia. Meu pai estava doente novamente, mas apesar de ele sempre se recuperar, o tempo ia contra ele. Precisava o quanto antes reunir os vassalos de meu pai, para conquistá-los se quando ele se fosse, eu almejasse ser o próximo senhor da tempestade. Depois de tomar o leite de papoula, vesti-me com minha melhor armadura, prendi minha espada a cintura, ajeitei-me os cabelos e a barba, tomei uma taça de meu vinho dornês especial e desci para o grande salão. Todos já estavam lá a minha espera.

- Senhores, me desculpem a demora, tive uma pequena indisposição hoje pela manhã... - Sentei-me no antigo trono dos reis da tempestade. O trono era o único resquício do poder que ali existiu antes da chegada dos "dragões". - Senhores, como deve ter sido comunicado a vós, Olivar, da casa Baratheon, lord de Ponta Tempestade e senhor das terras que deram o nome a esse castelo, está mais uma vez adoecido. Como devem saber também, meu pai quando é assolado por esses males, sempre tem se recuperado, mas infelizmente o tempo e a idade vem lutando contra ele. Convoquei-os aqui, apenas para dizer-vos que como legítimo herdeiro, pretendo assumir a cadeira da tormenta quando meu pai se for, para isso, preciso conquistar a confiança e o apoio de vós, além de conhecer vossas preocupações e problemas. Me reunirei com cada uma das casas em vossos castelos, para conversarmos individualmente, antes de eu tomar qualquer decisão. Se tiverem algum problema urgente, estou aqui para escutá-los, mas por favor, organizadamente um de cada vez, pois se não, não há como eu compreender-vos. - Eles me escutavam silenciosos, mas quando terminei, um murmúrio começou a subir por entre eles.

- Lord Albert, mas os senhores da tempestade não podem reinar sozinhos, seu irmão já possui esposa e vós ainda não... Apesar do direito de hereditariedade, é ele quem cumpre os requisitos para se tornar o sucessor de vosso pai... - Pelos deuses antigos e os novos também... Minha vontade era avançar do pescoço de quem quer que seja que disse isso. Me virei para um dos empregados, precisava de vinho.

- Ei, você aí, traga-me meu vinho, pois ao que se parece essa assembléia vai demorar muito, e não quero passar muito sem vinho. - Disse quase sussurrando para o empregado. Depois me virei para os Senhores ali presentes. - Bem, meu irmão já é casado sim, mas não pretendo ficar para trás por muito tempo. Já tenho trabalhado nesse quesito, e creio que antes de meu pai partir dessa para uma melhor, eu já estarei sim casado, e muito bem casado... - Sorri meio bobo ao me lembrar de Emyli, mas depois voltei a meu tom sério. - Mais alguém tem dúvidas sobre mim, ou algum problema urgente para resolver? -Muitos se enfileiraram e comecei a escutá-los...

Estava um pouco impaciente, mas não demonstrava isso aos lordes. Bebia cada vez mais e mais vinho, mas de forma que isso não me atrapalhasse. Já que tinham tocado no assunto, queria agora apenas me livrar dos compromissos e mandar um corvo para Winterfell, para saber como estava minha amada Emy. Depois de escutar a todos e tomar as devidas decisões, e depois de horas e mais horas e várias goladas de vinho, decidi adiar até o dia seguinte, a continuação de nossos trabalhos.

- Senhores, receio que teremos de interromper a assembléia da tormenta até amanhã pela manhã, está ficando tarde e precisamos estar todos bem para tomarmos as melhores decisões. Aqueles que não obtiveram sua resposta no dia de hoje, tenham a certeza de que amanhã saberão o que precisam, preciso  apenas de um pouco mais de tempo, de calma e de um pouco de sossego para pensar mais nos assuntos. Tenham todos uma boa noite, preciso me retirar agora para resolver alguns assuntos pessoais. Boa noite senhores. - disse me levantando e me retirando do grande salão. Segui para meu quarto, pedi que me trouxessem um javali e pães, jantaria em meu quarto. Peguei uma pena e papel. Estava na hora de saber como estava minha amada. Comecei a rabiscar as seguintes palavras:


Dobrei a carta, envelopei-a e selei-a com o selo da minha casa. Peguei meu corvo, prendi a carta em sua perna e soltei-o, para que cumprisse a sua missão. Em seguida me deitei, com um sorriso bobo no rosto e adormeci.

Acordei um pouco mais aliviado, só que já um pouco tarde. Me vesti e voltei para o salão, onde todos os vassalos das terras da tempestade estavam novamente reunidos.

- Me desculpem meu mal estar ainda não passou... - Na verdade não passava de preocupação com minha bela loba e sua chegada em breve a nosso lar... - Vejamos os assuntos pendentes... - Tratei de todos, dando a melhor resolução para todos os problemas. Patrulhas com alguns guardas de Ponta Tempestade para inibir ladrões e salteadores, provisões para alguns vassalos e até foram marcados os julgamentos de alguns infratores que estavam nas masmorras de todos os castelos das terras da tempestade. Após repassar as minhas decisões aos lordes, esperei todos se retirarem para onde estavam acampados com suas comitivas, para ordenar que se fosse arrumado o salão para o banquete. Quando estava tudo pronto, mandei um mensageiro chamar a todos: Lordes e companheiros de comitiva, para o banquete de encerramento daquela assembléia. Afinal, precisava eu de um bom motivo para "extravasar no vinho" junto com aqueles velhos beberrões. Eu mesmo tinha muitos motivos para comemorar, mas devido a esses compromissos urgentes, e a doença de meu pai, não tinha tido tempo de apreciar o vinho de um barril que eu estava de olho há muito tempo. Era uma peça rara, que eu havia trazido comigo de Dorne quando regressei de meu "exílio". A safra já era bastante antiga quando ganhei os três barris. Um abri em Dorne antes de partir (bebi metade em Lançassolar, metade em Ponta Tempestade) e os outros estava guardando para quando tivesse um bom motivo. Como havia cansado de esperar, já saíra rumo a Winterfell decidido a abrir um deles quando voltasse. Agora que retornei, já tinha data certa para abrir o outro também...

Depois de comer, beber, contar e ouvir histórias de guerras, putas e coisas mais até se falar chega, um a um os lordes voltavam a seus castelos. Eu crente que havia conseguido conquistar a maioria, ordenei que se fizesse a limpeza de Ponta Tempestade quando o último deles partisse de nossas terras. Retirei-me então para meus aposentos, para descansar um pouco e depois passar a tarde com meu adoentado pai...


#Encerrado