[RP] The Baratheon Heir [RP]

A última vez que estivera em Porto Real fora quando meu pai tinha sido forçado a assinar um acordo com os Martell e me mandar para Dorne, além de receber o filho do príncipe de Dorne. Nossos pais nostrocaram ali mesmo e só receberia minhas coisas em Lançassolar semanas depois. Mas como estava de volta para os meus, fui fazer uma visita ao rei. Só para manter o protocolo como um dos filhos de Lord Olivar Baratheon. Ao chegar na Fortaleza Vermelha, fui recebido por uma bela jovem, aparentando ainda estar na flor da idade.

- Olá, me chamo Albert, da Casa Baratehon. Sou filho de Lord Olivar e fui enviado para ficar alguns dias aqui em Porto Real, e tratar assuntos de Ponta Tempestade com Vossa Graça... - disse em meio a uma reverência... 

Sorri, ao saber que a garota era uma das irmãs do rei Vallar, ao receber o convite, respondi educadamente, estendendo-lhe o braço.

- Vamos para onde quiser, milady, os assuntos que tenho com vosso irmão, podem esperar, ainda ficarei por mais alguns dias por aqui, e pretendo descobrir todas as maravilhas escondidas atrás desses muros, creio que não terei muitas dificuldades com isso... - dei-lhe uma piscadela, a melhor maneira que aprendi em Dorne, pelo menos os treze anos passados lá, não foram lá tão ruins... Enquantos nos encaminhávamos, continuei a conversa. - Milady, apesar da minha idade e da minha posição, nunca chegamos a nos conhecer, por eu estar.. Hum.. Fora... Que tal, me falar um pouco sobre vossa graça? - sorri-lhe fraternalmente, aguardando sua resposta e sendo levado de acordo com o rítimo e a direção dela.
 

Não pude deixar de notar a raiva com que ela falava da família, e algumas cicatrizes no corpo. Resolvi abordar sobre isso da forma mais delicada que conseguiria...

- Sabe, as vezes nossos familiares nos deixam cicatrizes muito profundas... Não digo como essa que tenho em minha mão, que foi resultado de uma surra que levei quando pequeno de meu pai... Essa faz conjunto com várias outras que não vem ao caso agora. Mas pior que as cicatrizes exteriores, estão as interiores... Veja meu caso por exemplo, passei treze anos de minha vida em Dorne, meu pai foi obrigado a me mandar para lá e a receber o pricipezinho Rhaegar. Quando voltei para Ponta Tempestade, todos me comparavam a ele... O que fiz? Ignorei-os e fui para Essos, onde passei quatro anos... Mas enfim, essa é a parte chata da minha vida, aprendi muitas coisas em Dorne, mas devo dizer, com todo o respeito, que apesar da minha preferência pelas mulheres de lá, não existe nenhuma que se compare a uma Targaryan... Vocês são muito mais belas que qualquer outra... - Disse beijando-a suavemente a bochecha. - É só ignorar o que te causa dor, que conseguirás aproveitar a vossa vida... Quanto ao fato de seu irmão não a deixar sair da fortaleza, pense pelo lado dele, ele só que te proteger, apesar de na verdade estar te "sufocando"...
 

Reparei que ela havia entendido o que eu quis dizer sobre cicatrizes. Mas eu ainda tinha uma carta nas mangas. Após receber o beijo dela em minha bochecha, continuei.

- Bem, Lady Amber, não quis dizer sobre apenas ignorar ou esquecer nossas cicatrizes. Apenas fingir ignorá-las, e usá-las para nos tornar mais forte... - Nesse instante parei e segurei em suas duas mãos acariciando-as suavemente. - Amber, não demostre raiva de vossa família. Apenas guarde essa raiva, e transforme-a em algo maior. Veja meu caso por exemplo, odei muito meu pai, mas consigo ser o mais calmo possível na presença dele, afinal a hora dele há de chegar... - sorri maquiavélicamente, até me lembrar onde e com quem estava. Logo voltei a meu normal. - Bem, mas conte-me um pouco mais sobre suas dores... Já passei por muito mais coisas que vossa graça possa imaginar... Ah - interrompi-a quando ia falar algo, colocando meu indicador por sobre seus lábios um instante. - Tive um ideia, quando for ter com vosso irmão, pedirei a ele para deixar-te passear comigo pela cidade. Será muito bom ter vossa companhia comigo... - Sorri ao ver a felicidade da garota e fiz-a continuar - agora prossiga com o que ias me dizer...
 

Escutei atentamente as palavras da princesa.

- Milady, sabe o que faria bem para vossa graça? - sorri detendo nossos passos e segurando suas mãos em um gesto de cavalheirismo, mas com um olhar um pouco brilhante. - Uma festa em Ponta Tempestade... Sim! Por que não visita-nos qualquer dia desses? - sorri-lhe até um tanto inocentemente. Antes que ela me respondesse, conduzi-a de volta para nosso caminho.

Sim, claro, sempre tinha a questão dos irmãos da princesa.

- Ok, vamos, não deve ser assim tão difícil. - parei novamente e olhei-a no fundo dos olhos, mantendo uma distância pequena entre nós. - Vamos fazer um trato. Você me cede uma dança e a honra de ser minha hóspede por uma semana em Ponta Tempestade, se eu conseguir convencer seus irmãos?

Sorri quando ela se aconchegou em mim, aproveitei-me e beijei-lhe a testa.

- Venha, que tal falarmos com sua graça agora? - sorri-lhe carinhosamente, beijando-a novamente, dessa vez na bochecha. Depois passei o meu braço por sobre a sua cintura e a conduzi pelo nosso caminho.